Ler e estudar, atos que engradecem os seres humanos
e os conduzem a construção de seu mundo. Se pensarmos que o mundo é resultado da
construção da relação da humanidade em si, encontramos aqui uma imensa
biblioteca viva de uma essência que às próprias pessoas tem para dar, cultura. Nesta percepção os livros não existem ao acaso, são uma espécie de fotografia de pensamentos, são os registros de uma ideia que desenvolveu-se numa dinâmica que ganhou corpo e pagina-a-página construiu um mundo particular em que a cada nova leitura projeta-se a uma nova percepção, ultrapassando, assim, às margens originais de sua primeira impressão, ganhando novos horizontes, reconstruindo e influenciando a novos papeis. O que torna a leitura uma ampliação do suporte em que se encontra afixado a informação para o mundo ao redor em que se encontra o leitor. É, por assim dizer, uma simbiose do ato de pensar com o mundo observado. Assim, se o mundo influencia o escritor a escrever, o que é escrito influencia o leitor a ler e construir ou reconstruir o mundo, orientando o ser humano da constante sensação de sua cultura.