segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

O prodígio do filho pródigo

A vida em família é uma experiência única e enriquecedora. Se abrirmos nossos baús ou as gavetas de nossas cômodas e guarda-roupas poderemos encontrar memórias reunidas nos famosos álbuns de família. Estes, pelo menos antes das câmeras disponíveis nos celulares, guardavam as mais diversas fotos de viagens, aniversários, casamentos, mas hoje quase tudo pode ser motivo para captar o momento, oportunidades não faltam nem instrumento. Também encontramos algumas lembranças especiais carinhosamente guardadas como presentes, cartas ou e-mails, cartões festivos, livros com dedicatórias, diários, etc.. Cada um desses objetos expressam muito além de momentos. São na prática indicativos dos nossos relacionamentos. Se pensarmos bem, neles registramos as pessoas com quem convivemos, mas como nem tudo é possível documentar, nem tão pouco ler nas entrelinhas do que não foi escrito. Não há dúvidas de que há coisas que ficam para trás e caem no esquecimento.

Imagine uma foto de família na qual falta alguém. Como você sabe que falta alguém? Acredito que você só saberá a resposta quando sentir a falta.

A história do Filho pródigo transmite o tipo de mensagem sugerida aqui. Uma família comum. Um pai que ver-se obrigado a entregar parte de suas finanças para o filho mais novo, um tipo de rebelde sem causa, que possivelmente assistiu algum comercial sobre o mundo e quis conhece-lo. Mas como tudo indica, não foi o planejamento de uma saída de férias. Ele abandonou a casa, deixou para trás o pai e o irmão por pura diversão. Dai conheceu o mundo, se envolveu com desconhecidos e amores a primeira vista, entretanto, como o mundo não era sua família, não o amava. Assim, de duto que tinha ele perdeu exatamente para quem ele se entregou.

Passados os dias de farra e já sem dinheiro para gastar viu-se obrigado a se submeter ao mais baixo nível profissional. Foi explorado e mal ganhava para se sustentar. Neste hora a saudade de casa bateu no coração, mas voltar e bater a porta de papai seria uma viagem muito mais longa do que a caminhada que os pés tinha para fazer. No entanto, reconhecer que estava longe do pai e lembrar do seu amor lhe deram forças para ver que valia a pena arriscar tudo e voltar e tentar um reencontro.

"Nos Braços do Pai" É uma leitura fascinante para quem gostaria de conhecer não apenas como se dá o desfecho desta história. É ainda uma leitura que demonstra alguns princípios relacionados ao amor de Deus, e nela podemos conferir como a vida em família apesar de seus desafios tem riquezas que nenhum dinheiro do mundo pode comprar. E para desfrutar, basta apenas participar.

Escrito por: Gilberto Martins.

Para Reflexão:

11 Jesus continuou: "Um homem tinha dois filhos.
12 O mais novo disse ao seu pai: ‘Pai, quero a minha parte da herança’. Assim, ele repartiu sua propriedade entre eles.
13 "Não muito tempo depois, o filho mais novo reuniu tudo o que tinha, e foi para uma região distante; e lá desperdiçou os seus bens vivendo irresponsavelmente.
14 Depois de ter gasto tudo, houve uma grande fome em toda aquela região, e ele começou a passar necessidade.
15 Por isso foi empregar-se com um dos cidadãos daquela região, que o mandou para o seu campo a fim de cuidar de porcos.
16 Ele desejava encher o estômago com as vagens de alfarrobeira que os porcos comiam, mas ninguém lhe dava nada.
17 "Caindo em si, ele disse: ‘Quantos empregados de meu pai têm comida de sobra, e eu aqui, morrendo de fome!
18 Eu me porei a caminho e voltarei para meu pai, e lhe direi: Pai, pequei contra o céu e contra ti.
19 Não sou mais digno de ser chamado teu filho; trata-me como um dos teus empregados’.
20 A seguir, levantou-se e foi para seu pai. "Estando ainda longe, seu pai o viu e, cheio de compaixão, correu para seu filho, e o abraçou e beijou.
21 "O filho lhe disse: ‘Pai, pequei contra o céu e contra ti. Não sou mais digno de ser chamado teu filho’.
22 "Mas o pai disse aos seus servos: 'Depressa! Tragam a melhor roupa e vistam nele. Coloquem um anel em seu dedo e calçados em seus pés.
23 Tragam o novilho gordo e matem-no. Vamos fazer uma festa e comemorar.
24 Pois este meu filho estava morto e voltou à vida; estava perdido e foi achado’. E começaram a festejar.
25 "Enquanto isso, o filho mais velho estava no campo. Quando se aproximou da casa, ouviu a música e a dança.
26 Então chamou um dos servos e perguntou-lhe o que estava acontecendo.
27 Este lhe respondeu: ‘Seu irmão voltou, e seu pai matou o novilho gordo, porque o recebeu de volta são e salvo’.
28 "O filho mais velho encheu-se de ira, e não quis entrar. Então seu pai saiu e insistiu com ele.
29 Mas ele respondeu ao seu pai: ‘Olha! todos esses anos tenho trabalhado como um escravo ao teu serviço e nunca desobedeci às tuas ordens. Mas tu nunca me deste nem um cabrito para eu festejar com os meus amigos.
30 Mas quando volta para casa esse seu filho, que esbanjou os teus bens com as prostitutas, matas o novilho gordo para ele! ’
31 "Disse o pai: ‘Meu filho, você está sempre comigo, e tudo o que tenho é seu.
32 Mas nós tínhamos que comemorar e alegrar-nos, porque este seu irmão estava morto e voltou à vida, estava perdido e foi achado’ ". (Lucas 15: 11-32).

Referência: Dicas para leitura e boa música para ouvir.

Disponível em: <https://www.bibliaonline.com.br/nvi/lc/15> Acesso em 04/01/2016.

MINISTÉRIO DE LOUVOR DIANTE DO TRONO. Nos braços do Pai (CD). Gravado ao vivo na Esplanada dos Ministérios - Brasília, DF: unidade móvel do Estúdio Diante do Trono, 2002.

VALADÃO, Pr. Márcio Roberto Vieira. Nos braços do Pai. Belo Horizonte: Diante do Trono, 2003.

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