Refletir a respeito do poder requer voltar à atenção
para a noção de tê-lo como conceito-chave. Esta noção traduz a ideia do poder
como dispositivo instrumental potencialmente capaz de abrir ou fechar
perspectivas em termos de alternativas e possibilitar tomadas de decisões a
efetivação de atos. A questão do poder se impõe sobre a noção de ser um
ponto de referência em torno do qual outros conceitos gravitam, e pensar no
poder como centro gravitacional no sentido de ser um centro de atração para o
qual as coisas tendem naturalmente ao ponto de estabelecer um núcleo cíclico de
relação, é atribuir ao poder o valor de princípio fundamental sobre o qual as
relações são criadas, constituídas, mantidas ou aprimoradas, ou mesmo
transformadas. E neste contexto, compreendo que a principal questão em torno do poder é assumi-lo sob a reflexão
de confrontar a nós mesmos como seres conscientes de nossa própria natureza em constante conflito com a essência do ser e a necessidade do ter. E, neste caso entendo que o que dará um maior potencial a este assunto é trata-lo sem perder de vista a perspectiva de contrapor a nossa
própria natureza humana em foco. Assim, se nossos motivos em torno das nossas relações se baseiam
nos significados entre o ser e o ter, orientados à uma convivência pacífica para com ambos, acredito que é esta uma opção em que este conviver é um convite para um cenário de um equilíbrio sob a
égide de uma vida repleta de graça e amor.
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