sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Gênesis: Uma luz para começar o mundo

Com esta postagem dou a partida na leitura da Bíblia. Pretendo considerar aqui o início da marcha na leitura da Bíblia com o Gênesis. Neste livro damos nossos primeiros passos nesta jornada de meditação espiritual. O objetivo desta viagem é buscar ensinamentos práticos para vida diária. Pretendo compartilhar lições que eu possa experimentar no meu convívio com a família e amigos.
 
Segundo encontramos na Bíblia a origem de todas as coisas está na Palavra de Deus. Aqui está a gênesis de tudo. Neste livro está escrito sobre o princípio da vida e não apenas como a conhecemos numa perspectiva natural, mas ultrapassa as margens de nossa razão e aborda assuntos de natureza sobrenatural. E neste ponto, tocamos numa problemática pessoal, pois retrata um tratamento de fé. É uma questão de fé considerar que o começo de tudo que existe, quer visível ou invisível, está em Deus. Pode parecer loucura, mas como é uma questão de fé, é, portanto, pessoal. Assim, fica a seu critério acreditar e confiar no que ler.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Tomando distância para ouvir o silêncio do Planeta

Ficção e aventura num ambiente de mistério. Minha primeira impressão em “Além do Planeta Silencioso” é sobre a capacidade de C.S. Lewis chamar nossa atenção para refletir sobre o nosso próprio mundo, mas de fora dele. Dá para sentir-se enganado e sequestrado juntamente com o protagonista da história Elwin Ransom e viajar até ao ponto de enxergar o nosso potencial de conduzir nosso planeta à decadência. Nesta perspectiva podemos prescrutar os pensamentos deste autor contemporâneo à Segunda Gerra, pois não há como não olhar para esta calamidade humana e não buscar beleza num mundo diferente. A intolerância pode ser capaz de gerar o horror e a opressão de uma guerra devastadora. Entretanto, o que na verdade não podemos tolerar é a falta de respeito, preconceitos, dentre os diversos sentimentos que nos separam ao invés de nos reunir como comunidade independente de nossas diferenças.
 
Por alguma razão nosso mundo tornou-se silencioso. Claro que você precisará ler para descobrir. Mas possivelmente este silêncio se apresenta como um clamor desta terra para resgatarmos nossa humanidade através de atitudes assertivas. Estas atitudes devem compor nossa busca por um mundo melhor, e quanto a isto, não há dúvida, é praticar o bem. No entanto, minha interrogação a este respeito seria: porque ir para tão longe para resgatar o amor ao próximo?

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

A Bíblia: Meu desafio de Leitura

Ler a Bíblia toda este ano é o desafio. Darei início aqui no Blog a uma jornada de reflexão. É uma leitura que pretendo completar no final de 2016. Meu objetivo é devocional. E por isso pretendo realizar uma espécie de jornada espiritual. Serão meditações diárias e no fim de cada livro compartilharei minhas impressões pessoais.
 
Quero navegar nestas águas como um bom leitor. Parar para vislumbrar a vista, mergulhar nas áreas mais profundas e saciar minha sede de Deus. Claro que não pretendo fazer esta jornada sozinho. Trago comigo um sentimento pessoal de fé em Jesus. Na verdade, os exemplos de Jesus são suficiente para confiarmos em sua companhia. E entender e seguir seus atos de amor é o desafio nesta leitura.
 
A Bíblia é o livro mais incrível já escrito pela história da humanidade. É uma leitura desafiadora, mas enriquecedora. O meu resumo pessoal sobre este Livro dos Livros é que trata-se de uma história de amor de um Pai para com seus filhos. Encontramos Deus desde o início indicando o caminho para o ser humano seguir, e em Jesus seus propósitos são completados "porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu único Filho, para que todo aquele que nele crê, não pereça, mas tenha a vida eterna" (João 3:16).
 
Os teólogos indicam esta passagem de "João 3:16" como a mensagem central da Bíblia. Daí pretendo verificar se há conexão sob esta perspectiva para com as diversas histórias distribuídas num total de 66 livros divididos entre o Antigo e novo Testamento.

Pelo que já comecei a perceber, acredito que o princípio norteador para esta leitura, é fixar-se na premissa dos relacionamentos interpessoais. Assim, espero encontrar as melhores formas para continuar desfrutando a graça de se viver em família e aprender a cativar mais pessoas para converter-me deste meu mundinho particular, e então, ser capaz de ampliar meus horizontes num universo repleto de amigos.

Para todos aqueles que quiserem compartilhar desta leitura, sintam-se a vontade para comentar.

Escrito por: Gilberto Martins.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

Oração: Um diálogo repleto de paz

Este é um tempo propício para se resgatar o sentimento de esperança. Por mais que as previsões socioeconômicas do país indiquem o contrário. Penso que sempre é tempo para se buscar o melhor das pessoas. Uma dica é começar em nós mesmo, daí o primeiro passo é voltarmos para a solidão da meditação e reflexão. E momentos de oração são perfeitos para chamar nossa humanidade à atenção. Esta é uma dica excelente para gritarmos para nós mesmos do quanto precisamos voltarmos às nossas origens mais humanas e menos tecnológica. Precisamos nos revestir-se de sentimentos de paz, amor e encher a vida de inspiração. E uma forma de alcançar esta graça e dedicar algum tempo a sós. Não de um afastamento e isolamento de tudo e todos, muito pelo contrário, pois afinal acredito que a resposta para se viver bem está nos relacionamentos. De acordo com Augusto Cury (2006, p.  126), podemos compreender a oração como um diálogo de liberdade e espontaneidade que abre as portas dos céus. No livro "Os segredos do Pai-Nosso: a solidão de Deu" este autor propõe um estudo psicológico desta oração. Como ele mesmo aborda esta oração é uma caixa de segredos, e para abri-la, por incrível que pareça, a chave mestra ou códigos de segurança está no que a própria oração é, um diálogo. Penso que esta é uma excelente dica para tomarmos um novo rumo, e nos tornarmos mais aberto ao diálogo em casa, no trabalho, no clube de lazer, na associação de moradores; não importa a hora e local, mesmo dentro de um ônibus com um estranho pode ser uma grande oportunidade para ampliar nossa agenda de amigos. Quem sabe se tivermos mais apertos de mãos a comunicação não melhore?
 
Escrito por: Gilberto Martins.
Reflexão:

9 Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome;
10 Venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu;
11 O pão nosso de cada dia nos dá hoje;
12 E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores;
13 E não nos conduzas à tentação; mas livra-nos do mal; porque teu é o reino, e o poder, e a glória, para sempre. Amém.
 
Referência:
 
CURY, Augusto Jorge. Os segredos do Pai-Nosso. Rio de Janeiro: Sextante, 2006.

Disponível em: <https://www.bibliaonline.com.br/acf/mt/6> acesso em 07/01/2016.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Livros amigos

Quem mergulha num mar de livros precisa aprender a nadar em conhecimento para não se afogar em informação. O segredo consiste em respirar. Penso que respirar na leitura é emergir para reflexão. E esta reflexão é um diálogo com os autores. Cada leitura nos instiga e não adianta desfolhar e sangrar os livros desesperados por não concordar com ideias contrárias a sua. Não podemos deixar sufocar nossa razão e perder o ponto de vista de que cada um tem direito à uma escolha e responde por ela. O aconselhável é folhear página a página, questionar e formar à sua opinião. Engolir terra é coisa de criança ingênua de mais. Mas basta perceber a diferença de beber água limpa e fresca para saciar a sede com prazer. C.S. Lewis nos orienta com este tipo de proposição. Podemos percebemos com este autor uma vida marcada por desafios encontrados nos livros. Uma solidão acolhida pela opção de investir tempo na leitura, mas sem perder de vista a presença viva de um bom bate-papo com amigos nascidos da franqueza. E nesta perspectiva nos permitimos assumir a liberdade poética para pensar que nos livros podemos encontrar amigos quase da mesma forma como que com os amigos podemos encontrar livros, mas só nos encontraremos a medida que aprendermos a ler a nós mesmo. E talvez essa seja uma das mais difíceis leituras na qual tenhamos que realizar, pois se não gostarmos teremos que aprender a nos reescrever. Surpreenda-se e leia esta obra que é você.

Escrito por: Gilberto Martins.
 
Para refletir:
 
5 Melhor é a repreensão franca do que o amor encoberto.
6 Leais são as feridas feitas pelo amigo, mas os beijos do inimigo são enganosos. (Provérbios 27:5-6)

Referência:

C.S.Lewis. Surpreendido pela alegra. Traduzido por Eduardo Pereira e Ferreira. São Paulo: Mundo Cristão, 1998.

Disponível em: <https://www.bibliaonline.com.br/acf/pv/27> acesso em: 06/01/2016.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

O prodígio do filho pródigo

A vida em família é uma experiência única e enriquecedora. Se abrirmos nossos baús ou as gavetas de nossas cômodas e guarda-roupas poderemos encontrar memórias reunidas nos famosos álbuns de família. Estes, pelo menos antes das câmeras disponíveis nos celulares, guardavam as mais diversas fotos de viagens, aniversários, casamentos, mas hoje quase tudo pode ser motivo para captar o momento, oportunidades não faltam nem instrumento. Também encontramos algumas lembranças especiais carinhosamente guardadas como presentes, cartas ou e-mails, cartões festivos, livros com dedicatórias, diários, etc.. Cada um desses objetos expressam muito além de momentos. São na prática indicativos dos nossos relacionamentos. Se pensarmos bem, neles registramos as pessoas com quem convivemos, mas como nem tudo é possível documentar, nem tão pouco ler nas entrelinhas do que não foi escrito. Não há dúvidas de que há coisas que ficam para trás e caem no esquecimento.

Imagine uma foto de família na qual falta alguém. Como você sabe que falta alguém? Acredito que você só saberá a resposta quando sentir a falta.

A história do Filho pródigo transmite o tipo de mensagem sugerida aqui. Uma família comum. Um pai que ver-se obrigado a entregar parte de suas finanças para o filho mais novo, um tipo de rebelde sem causa, que possivelmente assistiu algum comercial sobre o mundo e quis conhece-lo. Mas como tudo indica, não foi o planejamento de uma saída de férias. Ele abandonou a casa, deixou para trás o pai e o irmão por pura diversão. Dai conheceu o mundo, se envolveu com desconhecidos e amores a primeira vista, entretanto, como o mundo não era sua família, não o amava. Assim, de duto que tinha ele perdeu exatamente para quem ele se entregou.

Passados os dias de farra e já sem dinheiro para gastar viu-se obrigado a se submeter ao mais baixo nível profissional. Foi explorado e mal ganhava para se sustentar. Neste hora a saudade de casa bateu no coração, mas voltar e bater a porta de papai seria uma viagem muito mais longa do que a caminhada que os pés tinha para fazer. No entanto, reconhecer que estava longe do pai e lembrar do seu amor lhe deram forças para ver que valia a pena arriscar tudo e voltar e tentar um reencontro.

"Nos Braços do Pai" É uma leitura fascinante para quem gostaria de conhecer não apenas como se dá o desfecho desta história. É ainda uma leitura que demonstra alguns princípios relacionados ao amor de Deus, e nela podemos conferir como a vida em família apesar de seus desafios tem riquezas que nenhum dinheiro do mundo pode comprar. E para desfrutar, basta apenas participar.

Escrito por: Gilberto Martins.

Para Reflexão:

11 Jesus continuou: "Um homem tinha dois filhos.
12 O mais novo disse ao seu pai: ‘Pai, quero a minha parte da herança’. Assim, ele repartiu sua propriedade entre eles.
13 "Não muito tempo depois, o filho mais novo reuniu tudo o que tinha, e foi para uma região distante; e lá desperdiçou os seus bens vivendo irresponsavelmente.
14 Depois de ter gasto tudo, houve uma grande fome em toda aquela região, e ele começou a passar necessidade.
15 Por isso foi empregar-se com um dos cidadãos daquela região, que o mandou para o seu campo a fim de cuidar de porcos.
16 Ele desejava encher o estômago com as vagens de alfarrobeira que os porcos comiam, mas ninguém lhe dava nada.
17 "Caindo em si, ele disse: ‘Quantos empregados de meu pai têm comida de sobra, e eu aqui, morrendo de fome!
18 Eu me porei a caminho e voltarei para meu pai, e lhe direi: Pai, pequei contra o céu e contra ti.
19 Não sou mais digno de ser chamado teu filho; trata-me como um dos teus empregados’.
20 A seguir, levantou-se e foi para seu pai. "Estando ainda longe, seu pai o viu e, cheio de compaixão, correu para seu filho, e o abraçou e beijou.
21 "O filho lhe disse: ‘Pai, pequei contra o céu e contra ti. Não sou mais digno de ser chamado teu filho’.
22 "Mas o pai disse aos seus servos: 'Depressa! Tragam a melhor roupa e vistam nele. Coloquem um anel em seu dedo e calçados em seus pés.
23 Tragam o novilho gordo e matem-no. Vamos fazer uma festa e comemorar.
24 Pois este meu filho estava morto e voltou à vida; estava perdido e foi achado’. E começaram a festejar.
25 "Enquanto isso, o filho mais velho estava no campo. Quando se aproximou da casa, ouviu a música e a dança.
26 Então chamou um dos servos e perguntou-lhe o que estava acontecendo.
27 Este lhe respondeu: ‘Seu irmão voltou, e seu pai matou o novilho gordo, porque o recebeu de volta são e salvo’.
28 "O filho mais velho encheu-se de ira, e não quis entrar. Então seu pai saiu e insistiu com ele.
29 Mas ele respondeu ao seu pai: ‘Olha! todos esses anos tenho trabalhado como um escravo ao teu serviço e nunca desobedeci às tuas ordens. Mas tu nunca me deste nem um cabrito para eu festejar com os meus amigos.
30 Mas quando volta para casa esse seu filho, que esbanjou os teus bens com as prostitutas, matas o novilho gordo para ele! ’
31 "Disse o pai: ‘Meu filho, você está sempre comigo, e tudo o que tenho é seu.
32 Mas nós tínhamos que comemorar e alegrar-nos, porque este seu irmão estava morto e voltou à vida, estava perdido e foi achado’ ". (Lucas 15: 11-32).

Referência: Dicas para leitura e boa música para ouvir.

domingo, 3 de janeiro de 2016

Ser ou estar Ansioso, eis a questão

Se você fica ansioso para ler um livro. Não há por que se preocupar. Esta ansiedade é boa e normal. É apenas um gatilho da curiosidade. Mas se você continuar ansioso quando começar a leitura e não for pela excitação da história, descofie, pois pode terminar ansioso. Pergunte a você mesmo: sou ansioso ou estou ansioso? A diferença entre pergunta e resposta podem ser extremas. Primeiro que para fazer este tipo de pergunta exige coragem, e talvez a mesma requerida por um alpinista que vislumbra a beleza de um monte, mas só se satisfaz após conquista-lo vagarosamente na árdua escalaminhada até o cume. Já em relação a resposta, se não for tão positiva não fique frustrado, pois se você teve coragem para se enxergar e questionar-se porque está assim, então, se for sincero consigo já é um grande passo para conquistar a liberdade dos seus medos apavorantes. Como sempre, Augusto Cury se apresenta como um exímio escritor e conselheiro, e em relação a este assunto não há dica melhor para tratar deste tema. Como ele diz pensar é inevitável, mas pensar em excesso pode ser exaustivo. Mesmo locomotivas precisam de paradas para que os passageiros tenham tempo de embarcar, tanto quanto elas mesmas precisam de manutenção para continuarem se movimentando. Da mesma forma somos nós. Precisamos dar tempo para absorver as ideias tanto quanto de manutenção desta máquina de pensamentos. O que será que esta obra indica? Confira, leia, acredito que você gostará!

Para refletir:
"
25 Por isso vos digo: Não andeis cuidadosos quanto à vossa vida, pelo que haveis de comer ou pelo que haveis de beber; nem quanto ao vosso corpo, pelo que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o mantimento, e o corpo mais do que o vestuário?
26 Olhai para as aves do céu, que nem semeiam, nem segam, nem ajuntam em celeiros; e vosso Pai celestial as alimenta. Não tendes vós muito mais valor do que elas?
27 E qual de vós poderá, com todos os seus cuidados, acrescentar um côvado à sua estatura?
28 E, quanto ao vestuário, por que andais solícitos? Olhai para os lírios do campo, como eles crescem; não trabalham nem fiam;
29 E eu vos digo que nem mesmo Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles.
30 Pois, se Deus assim veste a erva do campo, que hoje existe, e amanhã é lançada no forno, não vos vestirá muito mais a vós, homens de pouca fé?
31 Não andeis, pois, inquietos, dizendo: Que comeremos, ou que beberemos, ou com que nos vestiremos?
32 Porque todas estas coisas os gentios procuram. Decerto vosso Pai celestial bem sabe que necessitais de todas estas coisas;
33 Mas, buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.
34 Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã, porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal."

Referência:

CURY, Augusto. Ansiedade: como enfrentar o mal do século: a Síndrome do Pensamento Acelerado: como é porque a humanidade adoeceu coletivamente, das crianças aos adultos. 1ª ed., São Paulo: Saraiva, 2014.

https://www.bibliaonline.com.br/acf/mt/6