domingo, 15 de maio de 2016

Relacionamentos: amigos e família conciliados pelo princípio do amor

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Os relacionamentos são o reflexo mais realista de nossa necessidade de conviver com pessoas. Relacionamentos são, em nossa alma, a expressão do valor do quanto é bom ter amigos, amar e ser amado. É uma espécie de revelação da relação entre quem somos ou podemos ser em nossas interações interpessoais.
Pegue seu álbum de fotografias da família. Não tem! Por favor, não fique frutado! Pode ser uma foto de amigos, vizinhos, pessoas com quem convive ou conviveu, etc. Observe que as imagens podem suscitar sentimentos e recobrar lembranças, que talvez já haviam sido dadas como perdidas. Neste momento, o sentido saudosista pode discorrer em algumas sensações neste exercício e demostrar que você ainda precisa aprender a lidar com perdas ou decepções, no entanto, uma coisa é certa, o que dá sentido a esta galeria de fotos e as tornam documentos, é o tratamento que você dedica a elas. Não é atoa que são guardadas como um tesouro. Cuidadosamente são mantidas nas páginas de sua agenda ou numa caixa de sapatos ornamentada com um papel de presente que você caprichosamente escolheu para destacar estes objetos. Este ato comprova o valor que você atribui sobre estas memórias, não são meras fotos ou recortes de jornais, são pessoas que, de algum momento em diante, passaram a ser parte de sua história.


A partir deste quadro podemos arriscar em dizer que os relacionamentos podem ser comparados a uma fotografia que capta a essência da nossa humanidade no exato momento em que estamos com os outros. Não se engane, somos quem somos porque em um dia alguém nos pegou no colo, amamentou e cuidou o tempo necessário até que pudéssemos ter consciência de que a vontade de viver sozinho só existe enquanto não precisamos ou sentimos falta de alguém.

Penso que estar com os outros e se relacionar nos instiga a sermos sempre mais e melhores. O grupo nos provoca a sermos pessoas interativas. A sociedade meche com a gente e sacode nossa vontade de sair às ruas para fazer algo, participar. É simplesmente algo diferente que acontece com o fato de estarmos juntos, são ideias novas que surgem, oportunidades que aparecem, a adversidade encontra lugar, é, por excelência, o encontro entre vida e verdade. A vida está no movimento e dinâmica social e a verdade nos choques de realidade como lição de casa para aprendermos a gestão de conflitos.

É muito bom participarmos das interações com os diversos grupos, quer seja a família, amigos; no tralho, na escolha, universidade, com os vizinhos; não importam, são os ajuntamentos que nos atraem. Há um íman chamado curiosidade nos ajuntamentos que desperta em nossa atenção à vontade de querer participar dos grupos, levar as mãos nas assembleias, conviver nas igrejas. Somos pessoas e gostamos de viver com elas. Nada melhor do que sentir-se parte de uma plateia em que no palco a atração é a convivência. Penso até que os estádios esportivos são repletos de pessoas torcendo, não por causa de uma ânsia fanática e distorcida para o time não perder, mas porque nos sentimos representados neles e o sentido de comunidade é reforçado neste ajuntamento pelo senso comum do bem viver.

E claro, não poderíamos deixar de refletir sobre os conflitos. Os conflitos são inevitáveis nos relacionamento. Ao contrário dos que fogem de encarar a realidade em admitir, eles acontecem sim. Os atritos estão presentes em todas as relações, e pasmem-se em saber, também estão dentre as causas principais de haver amor e respeito entre as pessoas, pois superados às adversidades, são reafirmados os votos pela compreensão que as diferenças são conciliáveis. Neste ponto o que ganha status é a maturidade, pois conduz a relação para discernir entre as opiniões e comportamentos; ideias e costumes; argumentos e atos. Cabe a nós em refletir sobre as discordâncias e não processar a discórdia. As opiniões podem ser diferentes em razão de determinadas escolhas, mas os princípios não, são inabaláveis.

As pessoas não são iguais, mas são atraídas pelas compatibilidades; pode até haver uma sensação pela aventura e pelo exótico; no entanto, é passageira; no geral, às afeições voltam-se para às raízes de suas próprias convicções. Penso que as pessoas compartilham ideias, mas constroem suas convicções a partir de escolhas sólidas no sentido do que realmente querem para si. É o mesmo que dizer que é legal viver acampando nos fins de semana, mas morar numa casa de alvenaria toda azulejada. Ele pode gostar de azul e ela de rosa, mas os móveis da casa acabam seguindo um padrão de cores que, apesar de diversificar, concilia um pouco dos dois e realça que o resultado da mistura, combinando os gostos. O que não muda é que ambos amam amar, são apaixonados pelo respeito, e são satisfeitos com a comunidade em que participam. No fim, descobrem que o valor, mesmo das coisas, estão nas pessoas.

Escrito por: Gilberto Martins.

Para reflexão:

"10 Ai do que estiver só, pis, caindo, não haverá quem o levante.” (Eclesiastes 4:10).
 

Referência:

LES; PARROTT, LESLIE. Relacionamentos: orientações práticas para enriquecer todo tipo de relacionamento. Tradução: Denise Avalone, São Paulo: Vida, 2001.

Um comentário:

  1. Para todos meus amigos indico este livro. Propõe uma ideia bem realista sobre relacionamentos. Você encontrará orientações práticas que podem ajudar a entender um pouco sobre conflitos. Mas, minha impressão geral é que no final, o valor continua o mesmo, pessoas. Elas são o motivo principal, vale muito a pena investir em quem ama, pelo simples retorno de vê-la sorrir e compartilhar esta felicidade como sendo sua.

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