A leitura nos inspira e contagia a enredar-se pelo universo da ficção do autor. Algo que me intriga nas obras de C.S.Lewis é a sua insistência em acreditar na juventude. É viva em suas histórias a presença da responsabilidade nas mãos de quem aparentemente parece não ter idade suficiente para fazer o que é certo. Talvez seja uma reflexão que ausência de experiência não é justificativa para agir impensadamente, pois esta pode ser encontrada em conselhos, basta aprendermos a ouvir. Em "Príncipe Caspian" há sempre um personagem chamando à atenção para acreditar no que é bom, outro que observa e reitera a lembrança de que o auxílio virá. No todo fica claro que o compromisso com a verdade não falha. Por mais que alguns possam tentar perverter fatos e alterar o curso da história por meios escusos, mais cedo ou mais tarde a verdade vem à tona e o bem prevalece. É como um rio represado que rompe as contenções e volta a tomar o seu curso natural. Ao contrário da falsidade que trai quem dela se utiliza. E neste confronto épico e ético, o milagre do final está em manter-se fiel as convicções que se voltam para preservar o bem, as coisas simples da vida: pessoas, amigos, família.
Escrito por: Gilberto Martins.
Referência:
C.S.Lewis. Príncipe Caspian. In: As crônicas de Nárnia, V. único. São Paulo. Martins Fontes, 2009.
Escrito por: Gilberto Martins.
Referência:
C.S.Lewis. Príncipe Caspian. In: As crônicas de Nárnia, V. único. São Paulo. Martins Fontes, 2009.
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