domingo, 27 de setembro de 2015

O mundo corporativo e a espiritualidade: a crença de investir em líderes de pessoas

Resultado de imagem para imagem do livro o monge e o executivoUma leitura simples e objetiva para pensar se espiritualidade combina com o mundo corporativo. Cada empresa, tem em suas divisões, a composição de um corpo executivo que na prática representa sua estrutura e organização de forma hierárquica. O que indica claramente que os exemplos de negócios são baseados no paradigma da liderança. De uma forma geral, as empresas erguem suas diretrizes em três bases principais: pessoas, produtos e processos. O que alguns teóricos denominam de os 3 Ps. O que é patente neste tripé, é a importância deste conjunto para sustentar todo o negócio, e arrisco dizer que a haste e eixo principal para suportar e manter esta relação firme e erguida é a liderança; o que significa que o sucesso de uma instituição ainda encontra-se neste ponto chave. Assim, investir numa liderança deve consistir de conscientiza-la do significado do poder e orienta-la a ser capaz de influenciar positivamente em seu âmbito de atuação ao ponto de conquistar sua autoridade. Em "O monge e o Executivo: uma história sobre a essência da liderança", o autor, James C. Hunter, propõe este tipo de proposição para avaliarmos nossos comportamentos e perceber que "o amor é, o que o amor faz". Longe de uma proposta romântica. O pensamento na verdade se pauta na ideia de que não basta sentir; pois emoção e sentimentos não produzem resultados tangíveis se a conclusão é inação. É o mesmo significado de uma palavra sem vida que se traduz em dizer que a "fé sem obras, é morta". Por esta perspectiva, então, consideramos que, se ideias produzem produtos e processos, estes não existiriam sem as mentes que o originaram, são então, resultado das pessoas, sendo, portanto, as pessoas, objetos destes produtos e processos, resultados de seus afetos.

Da fantasia e ficção à realidade e a razão

Resultado de imagem para imagens do livro as cronicas de narnia"As Crônicas de Nárnia" de C. S. Lewis compõem um conjunto de aventuras sensacionais. Desde o início somos convidados a deixar o conformismo com nosso mundo para enxerga-lo sob uma nova perspectiva. É um convite para tomarmos certa distância e refletir onde realmente se encontra a nossa parcela de participação: na gênesis da sociedade ou na sua "destruição". Desde o primeiro volume, a meu ver, fica muito claro os conflitos entre o bem e o mau, e neste ínterim os seres humanos são apresentados como integrantes ativos de um diálogo cujo debate não isenta ninguém de responsabilidades. Muito pelo contrário, as consequências das nossas escolhas e atos hão de dar os seus frutos mais cedo ou mais tarde, quem nos dera, então, plantarmos árvores de ouro, não para nos enriquecermos sem trabalho, mas numa alegoria para significar que podemos colher e partilhar frutos preciosos. Dentre inúmeras frases que me impactam nesta obra, fica a do personagem Rei Luna que responde para seu primogênito que indeciso quanto ao seu direito e responsabilidade em herdar o trono sugere que o seu pai escolhesse outro que ele quisesse para assumir o governo, ao que o Rei responde "- Não. O rei obedece às leis, pois as leis o fizeram rei." (LEWIS, 1898-1963). Assim, as fantasias situam-se apenas numa forma estratégica de reflexão, mas que em muito chama nossa atenção para colocar os pés no chão, voltar a realidade e assumir o bom senso de que um ato de bondade é resultado de uma decisão.

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Uma porta de entrada do bem, a decisão de fazê-lo

Resultado de imagem para imagem do livro a última batalha"A Última Batalha", é sem dúvida o livro que coroa o desfecho das "Crônicas de Nárnia". C. S. Lewis, demonstra neste livro, que a criatividade pode ser uma grande aliada para sugerir a bondade como caminho a seguir. Em todas as histórias, é muito clara a presença do bem. Mesmo nos momento de lutas, crises e guerras o desânimo poderia sucumbir a esperança, mas cada dificuldade passada, fora, na verdade, desafios, que no conjunto da obra, consolidam as etapas necessárias para preparar os personagens de encontro ao nível mais elevado de vida, para só então, darem início a maior de todas as histórias. Em "A Última Batalha", as mentiras, decisões precipitadas, as injustiças e toda devastação resultado da ganancia de uns poucos, se voltam contra os próprios autores destas más obras, e como era de se esperar, o bem prevalece. Assim, C. S. Lewis conclui, apresentando a metáfora de uma única porta para quem quer viver em um mundo melhor, a porta do bem, nela só pode entrar quem desejar viver o bem. Talvez seja esta a luta que todos tenhamos que enfrentar em nosso dia a dia, enfrentar as desavenças, mentiras ou maldades como sugestões de um mundo externo e pequeno que não merece entrar pela porta da nossa decisão.

sábado, 19 de setembro de 2015

Uma lição para manter o foco no objetivo

Mais uma história sensacional. Em "A Cadeira de Prata", C. S. Lewis, surpreende mais uma vez. Inicia com uma sucinta crítica e conclui com a solução para uma instituição de ensino que precisa saber cuidar melhor de suas crianças e jovens. Para uma escola ser atrativa e evitar a evasão voluntário dos próprios alunos é preciso apenas a sanidade de professores que amem seu corpo discente. Neste livro a missão que recai novamente sobre a juventude é de primeiro aprender a guardar ensinamentos que são transmitidos por um mestre paciente, depois o conselho de seguir os sinais. Desde o início do livro nossa atenção é aterrada pela tensão de uma sucessão de erros. Ficamos apreensivos com Jill e Eustáquio, não chegando a perder o foco da missão, mas deixando passar as oportunidades por esquecerem ou terem dúvidas das orientações recebidas. E quando tudo parece soterrado pelas consequências de suas escolhas, o derradeiro sinal surge. Neste momento, já dominados por incertezas, juntamente com o amigo Brejeiro, arriscam tudo e reencontram o foco de sua missão. Salvar o único filho, o herdeiro ao trono, o príncipe Rilian, em fim, acontece. Do fundo do mudo, das profundezas das trevas, ressurge a luz e concluem com êxito. Missão cumprida. Satisfeitos, chega a hora de voltar para casa. Melhor é o fim das coisas do que o princípio delas; melhor é o paciente de espírito do que o altivo de espírito. Eclesiastes 7:8.

Escrito por: Gilberto Martins.

A viagem do peregrino da alvorada para quebrar a rotina

Viajar pode ser um lazer e uma aventura, mesmo se for a trabalho. É natural que as paisagens mudem tanto quanto as estações no longo do ano, e talvez, não nos damos conta disto porque passamos pelos mesmos lugares todo santo dia, e com a rotina ficamos com nossa vista viciada por causa do cansaço. Em a "Viagem do Peregrino da Alvorada" o nome sugere muito além de uma simples caminhada. Diz respeito a uma longa viagem com propósito bem definido. C.S. Lewis nos conduz a bordo de aventuras e desventuras que trabalham com nossas emoções do tédio à diversão e alegria. O clímax dessa jornada, é sem dúvida, o encontro com o despertar para uma novo dia iluminado por esperança. Talvez esteja em nós mesmo o acordar a cada manhã para fazer quase as mesmas coisas como se fossem novas. De que adiantaria fazer do dia trevas, no sentido de não enxergar esperança e recuperar a sensação de bem estar. "A lâmpada do corpo são os olhos; de sorte que, se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo terá luz; (...) Se, porém, os teus olhos forem maus, o teu corpo será tenebroso. Se, portanto, a luz que em ti há são trevas, quão grandes serão tais trevas!
 (Mateus 6:22,23).
Escrito por: Gilberto Martins.

sábado, 12 de setembro de 2015

A metáfora de uma Revolução

Resultado de imagem para imagem de revolução dos bichosO ato de indignação com às precariedades e mazelas sociais não se mostrará suficiente para resolver os reais problemas de uma sociedade, se só resultarem em reclamações. Me parece que culpar o governo também não, ao contrário, só dá mais crédito para mais desculpas de mais projetos para mais gastar. Por incrível que pareça, talvez não estejamos longe de encontrar uma solução simples, no entanto, requer uma mudança na estrutura da sociedade. Acredito que para Mahatma Gandhi, nesta questão, as soluções positivas encontravam-se na perspectiva de cada um em particular desde que, a media que alguém enxergasse um problema, já se voltasse para resolve-lo, pois dizia "seja você mesmo a mudança que quer ver no mundo". Em a "Revolução dos bichos" encontramos uma excelente metáfora, que não basta revoluções mirabolantes, se esta é seguida do descuido com a confiança extremada em determinados partidos. Uma simples fazenda, se mostrou para George Orwell como palco de grandes conflitos. Enquanto uns trabalhavam de mais, poucos passaram a se valer da força operada pela maioria. Na forma de discursos bonitos as prerrogativas e regalias são impetradas. Ás escondidas as leis foram alteradas e direcionadas para manter as condições que convieram ao momento. Não sei porque este senário me parece familiar. Contudo, penso que ainda há tempo para melhorar, só precisamos de agora em diante acompanhar mais de perto.

Mudanças com planos para não se perder

Pensar em mudanças pode ser desconfortável para alguns que se apegam a rotinas e tradições, mas há aqueles que as enxergam como desafios. Os que pensam em desafios entendem a necessidade de planejamento, e com isso aprendem a traçar suas metas para alcançarem seus objetivos. Nesta percepção, as mudanças não surgem do mero acaso, mas como resultado de planos de ação fundamentados e bons indicadores de desempenho. Estes indicadores, por sua vez, orientam nossa atenção na hora da leitura e observação de determinadas tendências. Basta lembrar da imagem de alguém apontando o endereço certo para um transeunte que se encontra perdido. Nesta situação, a incerteza do destino e reconhecer-se perdido indicam a necessidade de pedir ajuda. Neste quadro, a indicação do caminho é essencial, entretanto, a opção em confiar na nova direção exige a força da decisão e a atitude para se chegar ao destino certo. E aqui não há segredo, é pedir ajuda mesmo e assumir a necessidade de mudanças como um fator de suma importância. É claro que para circunstâncias mais complexas, exige indicadores mais complexos, mas sempre há alguém para apontar o caminho, precisamos apenas reconhecer que cada problemática requer soluções e práticas que sejam as mais adequadas à situação, e mudar de direção, não deve significar abandonar princípios, mas retornar ao caminho.

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Compromisso com a verdade até o fim

A leitura nos inspira e contagia a enredar-se pelo universo da ficção do autor. Algo que me intriga nas obras de C.S.Lewis é a sua insistência em acreditar na juventude. É viva em suas histórias a presença da responsabilidade nas mãos de quem aparentemente parece não ter idade suficiente para fazer o que é certo. Talvez seja uma reflexão que ausência de experiência não é justificativa para agir impensadamente, pois esta pode ser encontrada em conselhos, basta aprendermos a ouvir. Em "Príncipe Caspian" há sempre um personagem chamando à atenção para acreditar no que é bom, outro que observa e reitera a lembrança de que o auxílio virá. No todo fica claro que o compromisso com a verdade não falha. Por mais que alguns possam tentar perverter fatos e alterar o curso da história por meios escusos, mais cedo ou mais tarde a verdade vem à tona e o bem prevalece. É como um rio represado que rompe as contenções e volta a tomar o seu curso natural. Ao contrário da falsidade que trai quem dela se utiliza. E neste confronto épico e ético, o milagre do final está em manter-se fiel as convicções que se voltam para preservar o bem, as coisas simples da vida: pessoas, amigos, família.

Escrito por: Gilberto Martins.

Referência:
C.S.Lewis. Príncipe Caspian. In: As crônicas de Nárnia, V. único. São Paulo. Martins Fontes, 2009.

domingo, 6 de setembro de 2015

Estratégia e simplicidade conjugadas pela amizade

Resultado de imagem para imagens de o cavalo e seu meninoAs vezes a melhor estratégia é aquela que nasce no percurso da caminhada. Minha viagem particular continua pelo mundo da leitura com C.S.Lewis. Em "o cavalo e seu menino" uma amizade inesperada foi a oportunidade perfeita para dar asas a imaginação e iniciar a partida rumo ao desconhecido. A voz da experiência de um veterano de guerra de um lado, e a força de vontade da juventude do outro, torna-se a estratégia mais brilhante que uma parceria pode construir para empreender um projeto. Estabelece-se, então, um contrato assinado pela amizade. O planejamento inicial foi esquematizar a partida, dali para frente as intempéries de tempo, adversidades repentinas, dentre outros desafios falam por si tanto quanto a própria vida cobra de nós, exigindo soluções para resolver os problemas na medida que surgem. Do inicio ao fim a leitura é recheada de surpresas, mas a linha mestra sempre nos orienta em uma direção "ouvir é obedecer", esta, dentre outras falas, nos envolve na condução de um diálogo sobre o tratamento interpessoal. O que fica claro que o respeito ao próximo é uma dádiva, não ingênuo; pode se traduzir pela simplicidade e se mostra com toda força que a moral pode construir sobre a imagem de alguém.

sábado, 5 de setembro de 2015

A cidade de dentro e a cidade de fora

A política, para o povo, parece que cada vez mais tem sido confundida com políticos corruptos e sem respeito pelas leis que juraram seguir. Entretanto, tenho nutrido uma fé pela política, ainda que esta não apresente uma política pela fé. Aristóteles compreendia o homem como um ser vivo político. Com isto, podemos refletir que se o homem é um ser político, a política está no ser do homem, é um ser do homem. O ser humano pensa na cidade e vive na cidade porque a cidade está nele para ele viver. Assim, a cidade é um retrato, uma imagem deste ser que pensa nela. Uma vez que a cidade é idealizada, ela é vivida e absorvida no dia a dia pela ação ou omissão de ser a cidade. O que reflete a cidade de fora, então, é antes a cidade de dentro, sendo construída pela ação do ser que vive seu ideal de cidade, ou destruída pela omissão de quem não prevê que a cidade de fora ainda não é cidade por dentro, onde as bases do pensamento constrói da ideia a razão de ser. Com isso, compete aquele que tem em sua raiz do livre pensar, a liberdade para ser a própria cidade que sonha. Que sejam estes, sonhos de paz e vida, pois só assim viveremos uma cidade livre para sonhar.
Gilberto Martins