"A menina que roubava livros" de Markus Susaka. Uma história tão próxima de uma realiadade ainda presente em nossas memórias e capaz de causar espanto até à personagem mais mórbida. Liesel Meminger não resiste a tentação de roubar o seu primeiro livro. Uma ação com aparência de inocência que atrai nossa atenção para ler uma das fases mais críticas da História da humanidade. É um convite para mergulharmos nas páginas desta narrativa e descobrir que a contadora destes acontecimentos é de causar espanto. Por mais aterrador que possa parecer, a relatora desta história é uma personagem que indiretamente situa sua passagem com a prestação de um serviço como resposta às crueldades de um ditador. Ficamos estarrecidos em ver a literatura roubada da infância de toda uma geração, e uma criança que se vê curiosa a surrupiar às oportunidades que se apresentam nas poucas páginas de alegria que os livros passam a lhe proporcionar. Esta menina começa aprender a ler num triste período de guerra (1939-1943), seu pai adotivo, torna-se também seu professor e amigo, mas provavelmente seu arque inimigo, assim como de toda Alemanha, é o Hitler, "o responsável" por roubar as histórias de muitos livros que não puderam ser escritos por terem suas vidas roubadas pela morte, uma narradora implacável com a falta do oposto ao que ela é. De qualquer forma, na leitura ainda encontra-se esperança, em meio as bombas e escombros, o ato de ler ainda tem o poder de trazer vida e sonhos de paz.
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