O educador, pedagogo e filósofo Paulo Freire (1921-1997) nos convida a
refletir sobre a importância do ato de ler e nos conduz a pensar que estudar
não é apenas na escola. Ler não é um ato limitado a quatro paredes e única e
exclusivamente a fixação dos olhos sob os textos impressos de umas páginas
quaisquer.
Ler e estudar não são atos limitados apenas à escola. Os desafios do
dia-a-dia requerem uma atitude séria e curiosa para se compreender os problemas,
e orientar o foco nas soluções. É o ato de ler atento e disciplinado de um
texto além das margens do papel. É o aprendizado que observar as coisas e os fatos,
e se relacionar com as pessoas, também ensina.
As atividades dos seres humanos se apresentam no dia-a-dia com objetivos
práticos. Seus afazeres decorrem de necessidades que os motivam e o exercício diário
destes afazeres conduz a cada um a transformar o mundo do qual são parte
inerentes e indissociáveis em construção. Assim, trabalhando constroem um
mundo, sua cultura, e esta trabalhada, lhe constrói o saber.
Desta forma, entende-se que tanto o ato de ler quanto de estudar devem
ser assumidos como atitudes sérias, pois são potencialmente capazes de nos
projetar a se portar de maneira curiosa diante da vida. É a capacidade do ser
orientar-se a ler, observar, a apreender significados para as coisas e para si.
Sobre tudo, é a visão de uma imensa sala de aula chamada mundo em
transformação, locus que o desafia a ser um gestor de um saber em construção.
ReferênciaFREIRE, Paulo, 1921-1997. A importância do ato de ler: em três artigos que se complementam. 51. ed, São Paulo: Cortez, 2011. (Coleção questões da nossa época; v. 22).
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