Ler e estudar são práticas que ultrapassam as quatro paredes de uma escola. Penso que isto acontece porque são movidas pela curiosidade. A curiosidade é uma ferramenta intelectual simples que nos impulsiona a exercer o ato de desvendar e ultrapassar os limites entre a escuridão da ignorância e a busca pelos mistérios de um universo de possibilidades que se apresentam ante às potentes lentes de nossa observação atenta. Este universo pode até ser uma simples janela que se abre para vislumbrarmos um horizonte visto de longe. De longe instiga e atrai nossa atenção para sairmos do conformismo em frente de uma televisão e partirmos para aventura de verdade. É a lição de que à aprendizagem depende da partida deste vislumbre e admiração. Daí, a medida que ampliamos nossos conhecimentos, objetos, coisas, o mundo deste universo; os temores pelo desconhecido se dissipam e uma linda manhã de neblina anuncia o dia ensolarado para nos acordar esclarecidos para vida.
domingo, 25 de outubro de 2015
sexta-feira, 23 de outubro de 2015
Quando a Educação disse não à Opressão
"É conversando que a gente se entende"! Depois de ler Paulo Freira, este ditado popular pode ser (re)ditado: é conversando que a gente se educa. Em "Pedagogia do Oprimido" a liberdade com responsabilidade é uma realidade plausível por meio da educação. Não mera impressão teórica, mas a captação da essência da necessidade de uma sociedade que comunga com sigo mesmo. Uma sociedade parceira em seu âmago. Comunidade mesmo. Construída com diálogo. Neste espaço o professor não é simples transmissor de comunicados, mas alguém que se utiliza dos meios de comunicação para tornar ideias como algo comum entre todos. Este é na prática reflexiva um professor-aluno, tanto quanto aluno-professor. Não se trata de um qualquer que dita as regras de cima para baixo. O que há é o diálogo. Ambos debatem, problematizam, e inconformados com as mazelas sociais, são capazes de reconhecer em si o opressor e criticá-lo. Daí traçam seus objetivos, se organizam, abrem suas frentes de trabalhos e assumem a responsabilidade de construir sua própria liberdade. Áh, e claro! Não podemos esquecer que, quando opressores QUISERAM escrever "teorias", apareceram Hitleres; mas quando Educadores escreveram cartas de amor à humanidade deram suas vidas por ela, e emergiram líderes: Abraham Lincoln, Mahatma Gandhi, Martin Luther King, Jesus Cristo.
quarta-feira, 21 de outubro de 2015
Ser poesia e rimar a imaginação com a emoção de viver
Encontrei um livro para ser classificado como poesia. Mas não àquela tradicional que nos acostumamos na escola. Não é uma composição de rimas acompanhando o fonema no fim de cada frase. São rimas diferentes. São conselhos para treinar e educar a emoção. Neste livro a poesia somos nós. As rimas são a combinação entre imaginação e emoção. É uma leitura rápida e do tipo que uma única página parece ser suficiente para resumir todo o livro, pois se constrói com palavras de sabedorias, verdadeiros provérbios para darmos um choque de gestão na nossa rotina. Augusto Cury nos convida a refletir sobre a excelência da vida presente em nosso código genético. Fomos geneticamente dotados da essência da vontade de viver já em nossa origem. Entretanto, temos sido desafiados pelas demandas do dia a dia, e a máxima deste autor é para persistirmos ainda que isto signifique exaurirmos nossas forças aos limites de nossa capacidade. Resultado? A satisfação em surpreender-se com a própria capacidade de superação. Daí dar um salto na imaginação e passar a viver mais e melhor. "Sem sonhos, a vida não tem brilho. Sem metas, os sonhos não têm alicerces. Sem prioridades, os sonhos não se tornam reais " (CURY, 2006, p. 35).
sábado, 17 de outubro de 2015
Qual é a linguagem certa para amar?
As cinco linguagens do amor. O título me parecia piegas e apelativo. Entretanto, ao conferir que o Drº Gary Chapman é um conselheiro conjugal, antropólogo, teólogo, dentre outras qualidade e experiências expressas numa sucinta apresentação, decidi pela leitura. Este livro é um verdadeiro achado. Com uma abordagem prática e coerente expõe orientações simples resumidas em 5 exemplos. Estes exemplos são as cinco linguagens do amor: palavras de afirmação, tempo de qualidade, presentes, atos de serviços e contato físico. A ideia é que cada pessoa possui a sua própria forma de se comunicar, mas em uma relação, não basta falar apenas uma única linguagem, para haver correspondência é preciso falar também a linguagem do outro, e este autor aqui nos aconselha como compreender estas diferenças e estreitar os laços. Aqui podemos compreender um pouco mais como o amor pode ser vivido não como um simples sentimento, mas como resultado de decisões expressas em gestos. Aprender não só a dizer, mas afirmar que ama.
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sábado, 10 de outubro de 2015
Literatura roubada de uma infância perdida da leitura
"A menina que roubava livros" de Markus Susaka. Uma história tão próxima de uma realiadade ainda presente em nossas memórias e capaz de causar espanto até à personagem mais mórbida. Liesel Meminger não resiste a tentação de roubar o seu primeiro livro. Uma ação com aparência de inocência que atrai nossa atenção para ler uma das fases mais críticas da História da humanidade. É um convite para mergulharmos nas páginas desta narrativa e descobrir que a contadora destes acontecimentos é de causar espanto. Por mais aterrador que possa parecer, a relatora desta história é uma personagem que indiretamente situa sua passagem com a prestação de um serviço como resposta às crueldades de um ditador. Ficamos estarrecidos em ver a literatura roubada da infância de toda uma geração, e uma criança que se vê curiosa a surrupiar às oportunidades que se apresentam nas poucas páginas de alegria que os livros passam a lhe proporcionar. Esta menina começa aprender a ler num triste período de guerra (1939-1943), seu pai adotivo, torna-se também seu professor e amigo, mas provavelmente seu arque inimigo, assim como de toda Alemanha, é o Hitler, "o responsável" por roubar as histórias de muitos livros que não puderam ser escritos por terem suas vidas roubadas pela morte, uma narradora implacável com a falta do oposto ao que ela é. De qualquer forma, na leitura ainda encontra-se esperança, em meio as bombas e escombros, o ato de ler ainda tem o poder de trazer vida e sonhos de paz.
sábado, 3 de outubro de 2015
Educação para libertar ou liberdade para educar
A educação liberta tanto quanto a liberdade educa. Não nascemos sabendo das coisas. Ocorre é que a medida que crescemos aprendemos e aos poucos caminhados movidos pelas pernas de nossa vontade e necessidade. Daí em diante os desafios são expressos pela busca de aventuras que trazem a sensação de liberdade e com ela a liberalidade do poder fazer. Entretanto, neste percurso também situa-se algo mais. A responsabilidade se impõe como um sinal de que as consequências são inevitáveis. E aqui reside a experiência. A experiência não deve morar além mar. Para além de ser apenas um simples acúmulo de vivências, a experiência deve agregar ao aprendizado a consciência crítica capaz de refletir que a liberdade pode e deve ser estudada para ser vivida com sabedoria. Ao ler "Educação como prática da liberdade", entendo que Paulo Freire nos convida à promover a libertação de uma educação. Seu objetivo é orientar no desenvolvimento para a formação de uma consciência crítica da realidade. É tornar cada pessoa uma mediadora potencialmente fluente e influente em seu ambiente, e assim, comportar-se como transformadoras de seu universo natural ao mundo cultural de sua existência.
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